sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

tormenta


Quando da tormenta,
seu violento limite,
já ultrapassaste,
e cabos e mares,
são como quimeras,
e sua pele pestilenta,
restam apenas escaras,
da viagem, violenta,
e nas buscas do remanso,
de um lugar, uma paragem,
surge uma linda pérola,
divina, paixão e preciosa,
astrolábio de nova aventura,
e se não mais existem,
motivos, razões e correias,
que te contenhas,
entregue-se todo a ela,
com seus riscos, risos, graciosa,
e aí, não haverá descanso.

Podes de forma vacilante,
buscar razão reticente,
para não arriscar novamente,
pensar talvez, prudente,
em histórica razão,
a evitar novo grilhão?
De forma nenhuma, não!
De que vale o que tenha,
se nessa vida, prenha,
e única, não viveres,
se diante, em tal tentação,
a ela, não sucumbires!

2 comentários:

Carmen Regina Dias disse...

À "linda pérola,
divina, paixão e preciosa,
astrolábio de nova aventura,
(...)
entregue-se todo a ela,
com seus riscos, risos, graciosa,
e aí, não haverá descanso."


aí náo haverá descanso. só o prazer da entrega.

Parabéns.

Fabiana Ratis disse...

"Quando da tormenta,
seu violento limite,
já ultrapassaste,
e cabos e mares,
são como quimeras..." Se quimeras são sonhos, não há limites, fronteiras, mares adiante, cabos se rompem, passagem para o pensar, amar!
Adorei!